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Policiais são presos por obstruir investigação sobre milícia e ameaçar testemunha em Santaluz

Prisões ocorreram durante a Operação Salvaguarda, deflagrada pelo MPBA, SSP e Polícia Militar. Policiais já eram alvos da Operação Urtiga, de 2023
policiais
Foto: Divulgação

Dois policiais militares foram presos preventivamente na manhã desta terça-feira (15), durante a Operação Salvaguarda, deflagrada em Santaluz e São Domingos, região sisaleira da Bahia. A ação foi realizada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Polícia Militar (PMBA).

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), os policiais são acusados de obstruir investigações sobre milícias com atuação em práticas de extermínio e de ameaçar uma testemunha-chave que os denunciou por homicídio e organização criminosa.

Policiais já eram investigados por homicídios na Operação Urtiga

Os presos já estavam sob investigação da Operação Urtiga, deflagrada em junho de 2023, por suspeita de envolvimento em crimes de homicídio e formação de milícia armada. A nova denúncia, apresentada pelo MPBA à 1ª Vara de Auditoria Militar de Salvador, relata que os agentes tentaram intimidar uma testemunha de dois assassinatos cometidos por eles.

investigados
Foto: Divulgação
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Agressões e ameaças contra testemunha

De acordo com o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) do MPBA, no dia 25 de fevereiro de 2024, os policiais — em serviço — invadiram a casa da testemunha, a retiraram à força do local e a agrediram com socos e chutes sucessivos, além de ameaçá-la de morte caso ela insistisse em colaborar com as autoridades.

O objetivo seria impedir o avanço das investigações e silenciar a vítima.

Mandados cumpridos por forças especializadas

Além das prisões, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão pelos seguintes órgãos:

  • Gaeco/MPBA
  • Força Correcional Especial Integrada (Force), da Corregedoria da SSP
  • Corregedoria Geral da Polícia Militar (Correg/PM)

A operação tem respaldo jurídico da 1ª Vara de Auditoria Militar, que recebeu e acatou a denúncia do MPBA.

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