O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentou nesta quinta-feira (8) o novo líder da Igreja Católica, Papa Leão XIV, e desejou que seu pontificado dê continuidade ao legado de justiça social, ambiental e de diálogo construído pelo Papa Francisco, falecido no último dia 21 de abril.
Leão XIV, nome adotado pelo cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, foi eleito após dois dias de conclave no Vaticano. A escolha foi anunciada no início da tarde com a tradicional fumaça branca na Capela Sistina. Prevost, de 69 anos, nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, e atuou por mais de 20 anos no Peru, onde também foi bispo de Chiclayo.
“Desejo que ele dê continuidade ao legado do Papa Francisco, que teve como principais virtudes a busca incessante pela justiça social, a defesa do meio ambiente, o diálogo com todos os povos e todas as religiões, e o respeito à diversidade dos seres humanos”, afirmou Lula em publicação na rede social X (antigo Twitter).
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Na mesma nota, o presidente reforçou que o mundo precisa de menos violência e mais união:
“Não precisamos de guerras, ódio e intolerância. Precisamos de mais solidariedade e mais humanismo. Precisamos de amor ao próximo, que é a base dos ensinamentos de Cristo. Que o Papa Leão XIV nos abençoe e nos inspire na busca permanente pela construção de um mundo melhor e mais justo”, concluiu.
Essa manifestação reforça o alinhamento histórico de Lula com pautas sociais da Igreja Católica, especialmente com o pontificado de Francisco, cuja atuação foi marcada por forte engajamento em defesa dos pobres, do meio ambiente e da justiça global.
O novo papa: continuidade e desafios
Papa Leão XIV é o primeiro pontífice norte-americano e o primeiro pertencente à Ordem de Santo Agostinho a chegar ao trono de Pedro. Em seu primeiro discurso, ele homenageou Francisco e destacou o compromisso com a paz e o diálogo entre os povos.
“O mundo precisa de sua luz, a humanidade precisa dele. Ajudem também vocês a construir pontes, com o diálogo, para sermos um só povo em paz”, disse Leão XIV na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Sua eleição simboliza, para analistas da Igreja, uma continuidade das reformas iniciadas por Francisco, sobretudo no processo de sinodalidade, que busca tornar a estrutura eclesial mais participativa e menos centralizada.