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Filha se forma em Direito e absolve mãe acusada de homicídio na Bahia

Após 12 anos de espera, Camila Pita defende a mãe em júri popular e conquista absolvição em Valença
Por:
14/05/2025
filha valença
Foto: Agência Pública | UOL

Depois de 12 anos de angústia e espera por justiça, Rosália Maria Negrão Pita, acusada de homicídio em Valença, no Recôncavo Baiano, foi finalmente absolvida. O destaque do caso não foi apenas a decisão do júri, mas a atuação corajosa e emocionante de sua filha, Camila Pita, que se formou em Direito especialmente para defender a mãe e conduziu a argumentação que levou à absolvição.

O crime que mudou a vida da família ocorreu em março de 2012. José Antônio Silva Braga, namorado de Rosália, foi encontrado morto com um tiro no coração. Rosália foi ouvida como testemunha, mas logo se tornou suspeita. Apesar da ausência de provas materiais e testemunhas oculares, ela foi denunciada e o caso seguiu para júri popular por decisão do juiz Reinaldo Peixoto Marinho.

Durante todos esses anos, a espera pelo julgamento foi marcada por sofrimento, mas também por determinação. Camila, então com 14 anos, viu a vida mudar. Anos depois, concluiu a graduação em Direito com o objetivo claro de lutar pela inocência da mãe.

No tribunal, Camila demonstrou segurança e preparo, afirmando que a mãe havia apenas tentado socorrer o companheiro, e que o sangue em seu vestido, citado como indício pela acusação, era compatível com essa tentativa. Um laudo técnico assinado pelo médico legista Luis Carlos Cavalcante Galvão, contratado pela defesa, reforçou essa tese.

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No dia 24 de setembro de 2024, o júri acolheu os argumentos da defesa e absolveu Rosália por unanimidade. Emocionada, ela celebrou a vitória ao lado da filha:

Ter minha filha ali comigo foi motivo de muito orgulho”, declarou Rosália.

O caso, além de comover, também levanta um debate urgente sobre a morosidade do sistema de Justiça brasileiro e os danos causados por processos prolongados, especialmente em casos com fragilidade probatória.

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