A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um caso de fraude no INSS e ocultação de cadáver ocorrido na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O corpo de Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, foi encontrado em estado avançado de decomposição após denúncias de vizinhos sobre mau cheiro no imóvel. Segundo a polícia, os filhos da vítima, Tânia Conceição Marchese D’Ottavio e Marcelo Marchese D’Ottavio, teriam escondido o corpo por cerca de seis meses para continuar recebendo os benefícios do INSS, que somavam R$ 5 mil mensais, incluindo aposentadoria e pensão por morte.
Os irmãos foram presos em flagrante após denúncias anônimas. A investigação apura não só a ocultação do cadáver, mas também se houve homicídio, já que testemunhas relataram que Marcelo chegou a ameaçar o pai publicamente para obter o cartão bancário e a senha. Inclusive, vizinhos afirmaram ter ouvido ele gritar que havia matado o idoso.
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Fraude no INSS financiava consumo
Durante a perícia, foram encontrados dentro do imóvel produtos novos, que, segundo os investigadores, podem ter sido comprados com dinheiro dos benefícios recebidos de forma ilegal durante os seis meses em que o corpo permaneceu escondido no quarto.
Tânia, ex-professora afastada por questões de saúde mental, não retornou às atividades profissionais em 2024. Marcelo, que é contador, também apresentava alterações comportamentais severas após o desaparecimento do pai. Ambos serão submetidos a avaliação psiquiátrica para determinar a capacidade mental e responsabilidade penal no crime.
Além da suspeita de fraude no INSS, há registros anteriores de comportamentos agressivos e resistência por parte dos irmãos. A Polícia Civil também investiga se eles cometeram outros atos ilícitos relacionados à administração dos recursos financeiros da vítima.
