A cesta básica em Salvador iniciou 2025 com um aumento de 2,68%, alcançando o valor de R$ 590,37. Os dados foram divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e refletem a variação nos preços de diversos produtos essenciais. O aumento impacta diretamente o orçamento das famílias soteropolitanas, comprometendo 42,04% do salário mínimo líquido.
Principais produtos que tiveram alta
Dos 25 itens que compõem a cesta básica, 13 registraram aumento de preço. Os principais destaques foram:
- Cenoura (+77,08%)
- Cebola (+39,38%)
- Tomate (+36,60%)
- Café moído (+11,75%)
- Carne de sertão (+8,88%)
- Frango (+7,04%)
- Queijo prato (+4,62%)
A alta nesses produtos eleva significativamente o custo do preparo das refeições diárias, sobretudo do tradicional almoço soteropolitano.
Produtos que tiveram queda nos preços
Por outro lado, 12 itens apresentaram redução de preço. As maiores quedas foram:
- Batata inglesa (-27,94%)
- Flocão de milho (-8,61%)
- Óleo de soja (-5,35%)
- Queijo muçarela (-5,09%)
- Manteiga (-4,09%)
- Macarrão (-3,89%)
- Pão francês (-2,64%)
- Leite (-2,35%)
- Arroz (-2,15%)
Essas reduções ajudaram a equilibrar parcialmente o impacto da alta de outros produtos na cesta.
Impacto no orçamento familiar
Com a cesta básica custando R$ 590,37, um trabalhador que recebe um salário mínimo precisa dedicar aproximadamente 92 horas e 30 minutos de trabalho apenas para adquirir os produtos essenciais. Esse percentual representa um grande peso no orçamento das famílias, especialmente para aquelas de baixa renda.
Conformidade com nova regulamentação federal
A cesta básica elaborada pela SEI segue os critérios estabelecidos pelo decreto federal nº 11.936/2024, que ampliou a variedade de produtos incluídos. O estudo realizado pela SEI constatou que a cesta atende às exigências de acessibilidade financeira e nutricional definidas pelo governo.
Expectativas para os próximos meses
A oscilação nos preços de alimentos continua sendo influenciada por fatores como clima, safra e logística. Especialistas alertam que produtos hortifrutigranjeiros, como tomate, cebola e cenoura, podem continuar apresentando variações expressivas ao longo do ano.