Os cardeais da Igreja Católica iniciaram nesta terça-feira (6) o período de reclusão no Vaticano, em preparação para o conclave que elegerá o novo papa, após o falecimento de Francisco em 21 de abril. A votação secreta terá início na tarde de quarta-feira (7), na Capela Sistina.
Durante o conclave, os 133 cardeais com menos de 80 anos ficarão isolados do mundo exterior, hospedados na Casa Santa Marta e em outras instalações do Vaticano. Eles juraram manter sigilo absoluto sobre as discussões e votações, conforme estabelecido pela constituição apostólica Universi Dominici Gregis.
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A eleição requer uma maioria de dois terços dos votos para que um novo papa seja escolhido. Caso a votação seja inconclusiva, a fumaça preta será emitida pela chaminé da Capela Sistina; a fumaça branca anunciará a eleição de um novo pontífice.
Este conclave é o mais diverso geograficamente na história da Igreja, com cardeais de 70 países. A Ásia conta com 23 eleitores, enquanto a Europa tem 53. O cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi mencionou que os cardeais asiáticos planejam votar de forma unificada, ao contrário dos europeus, que tendem a votar com base em preferências nacionais ou pessoais.
Entre os possíveis sucessores estão:
- Luis Antonio Tagle (Filipinas): prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, conhecido por sua postura pastoral e missionária.
- Pietro Parolin (Itália): secretário de Estado do Vaticano, considerado um moderado com forte influência diplomática.
- Fridolin Ambongo (República Democrática do Congo): presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar, representando a crescente influência da Igreja africana.
- Matteo Zuppi (Itália): arcebispo de Bolonha, conhecido por sua abertura ao diálogo e trabalho social.
A escolha do novo papa poderá indicar a continuidade das reformas iniciadas por Francisco ou um retorno a posturas mais tradicionais dentro da Igreja.