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Salvador,21/11/2024

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    Exposição de Moisés Padilha revela abandono do patrimônio em 'Santo Amaro: o antes e o depois'

    exposição de Moisés Padilha que denuncia a destruição do patrimônio histórico da cidade.


    Exposição de Moisés Padilha revela abandono do patrimônio em 'Santo Amaro: o antes e o depois' Exposição fotográfica

    O professor de sociologia e fotógrafo Moisés Padilha apresenta neste sábado (26), às 17h, no Teatro Jorge Portugal, no Centro de Educação Integral Teodoro Sampaio, a exposição digital “Santo Amaro: o antes e o depois”, uma análise crítica sobre a preservação do patrimônio arquitetônico da cidade. A exposição é composta por fotografias antigas e recentes de locais emblemáticos, capturadas para destacar o impacto da urbanização e do descaso sobre esses espaços. Padilha faz um alerta sobre o desmanche da arquitetura histórica, incentivando o debate sobre a importância da preservação cultural.

    Segundo Padilha, a cidade de Santo Amaro, diferentemente da vizinha Cachoeira, vem sofrendo com a perda de prédios históricos que já foram referências de sua cultura. "Ao contrário da cidade vizinha, Cachoeira, que é do mesmo período de Santo Amaro, tem a mesma arquitetura, e lá tudo é preservado, modernizado", explica Padilha, que se dedicou a capturar os mesmos ângulos de registros antigos para documentar o estado atual dos locais em Santo Amaro e completa dizendo que em "Santo Amaro houve uma depredação deste patrimônio", finalizou.

    A exposição reúne fotos que evidenciam as alterações e demolições dos prédios históricos, resultantes da expansão urbana e de intervenções que, segundo o fotógrafo, muitas vezes não respeitam o valor histórico dos locais.

    "Eu trago fotografias antigas, resgatadas de arquivos da internet e faço fotografias atuais buscando aproximar o mesmo ângulo da fotografia antiga. Nem sempre isso é possível, até porque a topografia da cidade foi alterada, ruas foram alargadas, aterradas. Meu olhar é em relação a isso", comenta Padilha.

    O poder da fotografia como memória

    Padilha destaca que a fotografia tem o poder de congelar o tempo, oferecendo uma referência visual que permite refletir sobre o passado e sobre o valor do patrimônio cultural. “É uma forma até de salvaguardar uma memória, as memórias elas vão ficando com as pessoas e as pessoas vão partindo e a fotografia ela tem esse poder de salvaguardar a memória visual das pessoas, nesse caso da exposição, desse patrimônio arquitetônico de Santo Amaro”, afirma.

    A exposição é gratuita e será exibida digitalmente no Teatro Jorge Portugal e promete surpreender os visitantes ao revelar como a arquitetura da cidade foi transformada ao longo dos anos.

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