Após seis anos das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro anunciou a sentença de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Condenados por duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle, Lessa recebeu 78 anos de prisão e Élcio, 59 anos. Ambos também terão de pagar pensão ao filho de Anderson até que complete 24 anos, além de R$ 706 mil em indenização por dano moral para as famílias.

A decisão representa um marco em um processo longo e complexo, onde as provas apontam que o crime foi premeditado. Durante o julgamento, os promotores argumentaram que os ex-policiais agiram com motivação financeira e política, visando silenciar Marielle, conhecida defensora dos direitos humanos e crítica dos abusos policiais.

Além da condenação dos executores, ainda há um processo em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar os acusados de serem mandantes, incluindo o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, e o deputado federal Domingos Brazão.

Este caso segue sendo um dos mais importantes no cenário da justiça brasileira, representando a luta contra a impunidade e pelo esclarecimento das motivações e mandantes por trás das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.