Nesta terça-feira (5), o pacote de cortes de gastos obrigatórios elaborado pela equipe econômica do governo federal será apresentado aos ministérios e, posteriormente, encaminhado ao Congresso Nacional. A medida, que visa ajustar o quadro fiscal do país, foi discutida em uma reunião realizada nesta segunda-feira (4) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a participação das ministras do Planejamento, Simone Tebet, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Durante a reunião, que durou cerca de três horas, Haddad detalhou as propostas que vêm sendo preparadas pelo Ministério da Fazenda, a pedido do presidente, que busca ajustes significativos nas contas públicas. O pacote de corte de gastos inclui medidas para racionalizar despesas, priorizando áreas estratégicas e evitando cortes bruscos que afetem a prestação de serviços essenciais à população.

A decisão de Haddad de cancelar sua viagem à Europa, prevista para esta semana, reforça a dedicação exclusiva do ministro à elaboração das medidas. A equipe econômica já havia se reunido mais cedo com Lula para avaliar os resultados da recente cúpula do G20, além de discutir os ajustes que integrarão o novo pacote fiscal.

Segundo Haddad, o pacote que será apresentado tem definição "bastante adiantada" e foi construído a partir de análises criteriosas para conter o aumento das despesas obrigatórias sem comprometer áreas estratégicas. "Nesta terça, outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações", informou o Ministério da Fazenda.

A proposta de corte será uma das primeiras grandes ações do governo voltadas para a sustentabilidade fiscal e demonstra o empenho da gestão em buscar soluções para o controle das contas públicas, com o objetivo de manter o equilíbrio econômico.

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