A eleição presidencial de 2024 nos Estados Unidos coloca frente a frente Kamala Harris, atual vice-presidente, e Donald Trump, ex-presidente e figura marcante da política americana. Esta disputa se desenrola em um cenário de forte polarização, com Harris representando o Partido Democrata e apostando em uma agenda de continuidade da administração Biden, e Trump mobilizando seu eleitorado em uma campanha baseada no sentimento anti-establishment e nacionalista, reafirmando seu compromisso com políticas de segurança e economia mais rígidas.

Ambos os candidatos possuem bases de apoio amplas, mas divididas em ideologias opostas. Kamala Harris concentra-se nos eleitores progressistas e liberais, especialmente em estados democratas como Califórnia e Nova York, enquanto Trump apela para a base conservadora e rural, com forte presença em estados do sul e nas regiões do chamado “cinturão da ferrugem” (Rust Belt), incluindo Michigan e Pensilvânia. Estes estados foram decisivos nas últimas eleições e têm mostrado tendência de oscilação, aumentando a incerteza sobre o resultado final​.

​Para Harris, a tarefa de suceder Biden representa uma continuidade de políticas em áreas como saúde, economia sustentável e diplomacia. Entretanto, ela enfrenta críticas pelo desempenho econômico do país e pela forma como a administração lidou com questões de imigração e segurança nas fronteiras, fatores que Trump usa como pontos centrais de sua campanha. Trump, por outro lado, enfrenta desafios com o histórico de processos judiciais e a oposição que parte do eleitorado urbano mantém em relação a ele. Contudo, o apelo populista de Trump continua forte entre aqueles que se sentem marginalizados pelo sistema político tradicional​.

De acordo com pesquisas de veículos como o The New York Times e a CNN, o cenário eleitoral atual é de incerteza, com uma pequena vantagem em alguns estados-chave ora para Harris, ora para Trump. Analistas apontam que a decisão dependerá principalmente do comparecimento em massa dos eleitores. Em 2020, Biden venceu em parte pelo alto índice de votação antecipada e por correio, algo que a equipe de Harris tenta repetir. Trump, por sua vez, aposta na mobilização de eleitores que normalmente não comparecem às urnas, buscando consolidar o voto rural e os setores industriais que se alinham à sua retórica de retomada econômica​.

A eleição de 2024 poderá definir os rumos dos EUA nos próximos anos, aprofundando a divisão ideológica ou sinalizando uma tentativa de unificação. Se Kamala Harris vencer, espera-se uma continuidade com ajuste de políticas voltadas à inclusão e inovação. Caso Trump saia vitorioso, sua agenda deverá reforçar valores nacionalistas e um endurecimento nas políticas de imigração e economia interna. O resultado, contudo, permanece imprevisível, com ambos os candidatos correndo atrás dos votos que podem decidir o futuro da nação.