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Salvador,04/12/2024

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    Operação Anóxia: PF investiga desvio de R$ 7 milhões na área de saúde na Bahia

    A Operação Anóxia investiga desvios milionários na área de saúde em Salvador e cidades do interior baiano, com contratos superfaturados e fraudes envolvendo verbas públicas, especialmente no combate à COVID-19.

    A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (28), a segunda fase da Operação Anóxia, focada no combate a desvios de recursos públicos destinados à saúde em Salvador e no interior da Bahia. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão na capital baiana e nos municípios de Vitória da Conquista, Alcobaça, Ilhéus e Santa Luzia.

    A investigação aponta que uma empresa especializada em terceirização de mão de obra na área da saúde está no centro do esquema. Contratada por diversas prefeituras, a empresa é acusada de superfaturar contratos, desviar recursos e não cumprir obrigações trabalhistas e previdenciárias.

    Como funcionava o esquema?

    As apurações começaram em 2020, quando a empresa mantinha contratos com a Prefeitura de Ilhéus. Em 2021, ela teria recebido mais de R$ 7 milhões do Fundo Municipal de Saúde, com indícios de superfaturamento de mais de 34%.

    Entre os crimes investigados estão:

    • Superfaturamento de contratos: Serviços contratados eram pagos com valores muito acima do mercado.
    • Apropriação indébita previdenciária: Não repasse ao INSS das contribuições descontadas dos funcionários.
    • Fraudes em licitação: Contratos foram realizados sem processo licitatório adequado.
    • Desvio de recursos federais: Verbas destinadas ao enfrentamento da COVID-19 foram usadas de forma irregular.

    Além disso, há indícios de que os contratos firmados com algumas prefeituras foram direcionados, frustrando a competitividade do processo licitatório.

    Os investigados poderão responder por uma série de crimes graves, como:

    • Fraude em licitação;
    • Peculato (desvio de recursos públicos);
    • Corrupção ativa e passiva;
    • Apropriação indébita previdenciária;
    • Estelionato.

    A PF continua apurando o caso, que envolve não apenas a empresa investigada, mas também possíveis conivências dentro das prefeituras contratantes. A operação levanta discussões sobre a transparência no uso de verbas públicas, especialmente em momentos críticos como a pandemia de COVID-19.

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