A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (10), a operação “Overclean” para investigar fraudes licitatórias e desvios de recursos públicos em contratos ligados ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Segundo a Justiça Federal, as irregularidades identificadas movimentaram mais de R$ 1,4 bilhão, resultando em 15 prisões preventivas, além do afastamento de oito servidores públicos.

Fraudes licitatórias e desvio de verbas públicas

As investigações apontam um esquema sofisticado de fraudes em contratos entre o DNOCS e a empresa Allpha Pavimentações. Os líderes da organização direcionavam emendas parlamentares para empresas ligadas a administrações municipais, superfaturando contratos e desviando recursos.

Segundo a Polícia Federal, o esquema era liderado pelos empresários Alex e Fábio Rezende Parente, além de José Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", e Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador do DNOCS na Bahia.

A operação, que contou com apoio do Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria-Geral da União, cumpriu 43 mandados de busca e apreensão em cinco estados: Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Além das prisões, foram sequestrados R$ 162 milhões em bens, incluindo aeronaves e imóveis de luxo.

Os investigadores também revelaram que os suspeitos tentaram destruir provas, utilizando trituradoras e apagando dados digitais para obstruir o andamento das investigações.

Nomes dos principais alvos

Entre os 15 presos preventivamente, destacam-se:

• José Marcos Moura: empresário dono da MM Limpeza Urbana, conhecido como “Rei do Lixo”;
• Lucas Maciel Lobão Vieira: ex-coordenador estadual do DNOCS na Bahia;
• Alex e Fábio Rezende Parente: irmãos e empresários, apontados como líderes do esquema;
• Flávio Henrique de Lacerda Pimenta: servidor da Secretaria de Educação de Salvador.

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