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Salvador,12/12/2024

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    Desembargadora do TJ-BA é aposentada compulsoriamente pelo CNJ por esquema de rachadinha

    Sandra Inês, desembargadora do TJ-BA, é aposentada compulsoriamente por rachadinha e desvios no gabinete. Caso integra as investigações da Operação Faroeste


    Desembargadora do TJ-BA é aposentada compulsoriamente pelo CNJ por esquema de rachadinha Foto: Divulgação/TJ-BA

    Nesta terça-feira (10), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu aposentar compulsoriamente a desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A magistrada foi responsabilizada pela gestão de um esquema de “rachadinha” em seu gabinete, que exigia até 75% dos salários dos servidores nomeados.

    Segundo investigações do processo administrativo disciplinar (PAD), o esquema funcionava desde 2016 e era orquestrado com a participação direta da desembargadora. A decisão do CNJ foi unânime, e Sandra Inês receberá vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

    Conforme a relatora do caso, conselheira Daiane Nogueira de Lira, o gabinete da magistrada era estruturado para atender interesses pessoais. Entre as práticas ilícitas estavam a nomeação de pessoas sem qualificação técnica e a cobrança de parte dos salários dos servidores. O filho da desembargadora, Vasco Rusciolelli, advogava em nome da mãe, coagindo funcionários a entregar valores.

    Provas coletadas incluíram depoimentos, extratos bancários, registros de câmeras e colaborações premiadas. Daiane Nogueira afirmou que há “desvio de conduta funcional”, ressaltando que instrumentos do tribunal, como carros oficiais, eram usados indevidamente.

    Operação Faroeste 

    Sandra Inês também é investigada na Operação Faroeste, que apura um esquema de venda de sentenças judiciais no TJ-BA. Ela teria recebido R$ 250 mil em propinas para favorecer uma empresa em litígio por terras no oeste da Bahia. O MPF também apontou que ela usava o gabinete para legitimar transações fraudulentas envolvendo terrenos.

    A magistrada foi afastada em 2020 e chegou a firmar delação premiada com o MPF. Contudo, em novembro, o STJ anulou o acordo de colaboração devido à falta de cooperação da desembargadora e de seu filho.




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