Senado aprova projeto da reforma tributária com alterações importantes e texto segue para a Câmara
Senado aprova reforma tributária com emendas e exclusões importantes. Saiba os detalhes do projeto que segue para a Câmara.
O plenário do Senado Federal aprovou nesta quinta-feira o projeto que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo, com 49 votos a favor e 19 contrários. O texto agora retorna à Câmara dos Deputados para análise devido às alterações feitas pelos senadores. Nenhum destaque foi aprovado durante a sessão plenária.
Principais mudanças incluídas no Senado
1. Regime diferenciado para serviços essenciais
O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), incorporou emendas que concedem redução de 60% na cobrança de novos impostos sobre serviços funerários, saneamento básico, medicina veterinária e atividades culturais, como galerias de arte nacionais.
2. Exclusões no Imposto Seletivo (IS)
O Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, sofreu várias alterações:
Itens como armas, munições e bebidas açucaradas foram excluídos da lista de produtos taxados.
A exportação de bens minerais também ficará isenta.
Veículos, cigarros, bebidas alcoólicas e apostas online permaneceram na lista de produtos taxáveis.
3. Benefícios fiscais ampliados
Medicamentos essenciais para diabetes mellitus e outras “linhas de cuidado” receberão isenção fiscal.
Fraldas e itens da cesta básica, como carne e pão francês, continuarão isentos ou com reduções substanciais.
4. Incentivos para SAFs e nanoempreendedores
As Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) tiveram redução da alíquota de tributos unificados de 8,5% para 5%. Nanoempreendedores, com receita bruta inferior a R$ 40,5 mil, seguirão isentos dos novos tributos.
5. Atualização anual pelo IPCA
A alíquota específica do IS para produtos como cigarros será corrigida anualmente pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
A aprovação no plenário ocorreu após intensos debates. Um destaque apresentado pelo PT para retomar a taxação de armas foi derrotado, obtendo 33 votos favoráveis contra 32 contrários — eram necessários 41 votos para a aprovação.
Senadores da oposição destacaram preocupações sobre o impacto das mudanças no texto original enviado pelo governo, enquanto defensores da reforma, como o relator Eduardo Braga, enfatizaram a busca por segurança jurídica e equilíbrio fiscal.
Com as modificações feitas no Senado, o projeto retorna à Câmara dos Deputados, onde as alterações precisarão ser analisadas e votadas. A expectativa é que o processo seja concluído no início de 2025, permitindo que a implementação gradual da reforma tributária comece em 2026.
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