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MP-BA recomenda anulação de concurso em Conceição do Jacuípe por irregularidades graves

MP-BA identifica irregularidades no concurso público de Conceição do Jacuípe e recomenda anulação, destacando falhas graves e favorecimentos ilegais
Por: Magno Araujo
Foto: Reprodução/Google Street View

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Conceição do Jacuípe, uma recomendação para anular o concurso público da Prefeitura Municipal. A decisão foi tomada após a identificação de diversas irregularidades que comprometem a legalidade do processo, incluindo problemas na contratação da banca organizadora e na aplicação das provas.

Irregularidades na organização

O concurso público, lançado em 9 de agosto de 2024 e destinado ao provimento de 1.141 vagas, apresentou falhas graves. O MP destacou problemas na contratação do Instituto Bahia, responsável pela organização do certame, como indícios de favorecimento durante o processo de dispensa de licitação. Além disso, a instituição não comprovou sua idoneidade e capacidade técnica.

Outros problemas apontados incluem a aplicação de questões fora do conteúdo programático, falhas na segurança dos gabaritos e a ausência de atendimento adequado a candidatos com deficiência, o que fere princípios de igualdade e transparência.

Indícios de favorecimento e problemas financeiros

O MP também identificou indícios de favorecimento de servidores temporários e pessoas próximas à gestão municipal. Além disso, a arrecadação das taxas de inscrição, gerida pelo Instituto Bahia, foi considerada irregular, contrariando normas do Tribunal de Contas da União (TCU).

Essas falhas colocam em dúvida a lisura do concurso e geraram recomendações específicas para a anulação do certame e a devolução das taxas de inscrição aos candidatos prejudicados.

Prazos e possíveis desdobramentos legais

A Prefeitura de Conceição do Jacuípe e o Instituto Bahia têm o prazo de 10 dias para anular o concurso e 60 dias para reembolsar os valores das taxas de inscrição. O MP-BA também exige um relatório detalhado sobre as providências adotadas, sob risco de ações judiciais.

Caso as recomendações não sejam cumpridas, o órgão afirmou que adotará medidas legais, incluindo ações judiciais para responsabilizar os envolvidos e garantir os direitos dos candidatos prejudicados.

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