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Maio Bordô: conheça os principais mitos e verdades sobre a enxaqueca

Doença afeta 15% da população brasileira e atinge principalmente mulheres entre 20 e 59 anos
Por:
01/05/2025
enxaqueca

Com mais de 1 bilhão de pessoas afetadas no mundo, a enxaqueca é uma das condições neurológicas mais prevalentes e incapacitantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 15% da população convive com a doença, sendo a mais comum entre jovens de 5 a 19 anos e a segunda mais frequente entre adultos de 20 a 59 anos.

Durante o Maio Bordô – mês de conscientização sobre a enxaqueca –, o neurologista Dr. Mário Peres, presidente da Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces), esclarece os principais mitos e verdades que cercam essa condição ainda cercada por desinformação.

✔️ Enxaqueca é um tipo de dor de cabeça

Verdade.
Porém, a enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça forte. Os medicamentos e recomendações para tratar a dor de cabeça comum tendem a ser mais moderados e de uso pontual. Por outro lado, a enxaqueca exige cuidados especiais e acompanhamento médico mais próximo, que podem incluir mudanças nos hábitos alimentares e na rotina de exercícios, além do uso de medicamentos específicos e de uso contínuo.

❌ A enxaqueca é causada no fígado

Mito.
É comum ouvir teorias sobre a origem da enxaqueca, como a crença de que ela é causada no fígado devido aos sintomas de náusea e vômito. No entanto, estes sintomas têm sua origem no cérebro, mais precisamente em uma região chamada mesencéfalo que, quando estimulada, libera substâncias que provocam náuseas e vômitos, contribuindo para os sintomas associados à enxaqueca.

❌ Analgésicos curam a enxaqueca

Mito.
Embora analgésicos comuns possam trazer alívio para diversos tipos de dores de cabeça, é importante ressaltar que eles geralmente não são eficazes no tratamento da enxaqueca. Isso ocorre porque a enxaqueca é uma condição complexa, com causas multifatoriais, que envolvem mecanismos neuroquímicos específicos.

❌ Exames de imagem são obrigatórios para diagnóstico

Mito.
O diagnóstico da enxaqueca é predominantemente clínico, sendo baseado principalmente nos sintomas relatados pelo paciente. Isso inclui a frequência dos episódios, a intensidade da dor e a presença de sintomas associados, como náuseas, sensibilidade à luz (fotofobia) e sensibilidade ao som (misofonia). Exames complementares podem ser solicitados pelo médico para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes aos da enxaqueca.

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✔️ Atividade física ajuda a prevenir crises

Verdade.
A prática regular de exercícios físicos, realizada fora dos períodos de crise de enxaqueca, pode de fato funcionar como um fator de melhora na frequência e na intensidade das crises. Isso ocorre porque o exercício físico regular pode ajudar a reduzir o estresse, melhorar a qualidade do sono, promover a liberação de endorfinas (substâncias naturais que aliviam a dor) e contribuir para o equilíbrio hormonal.

⚠️ Chocolate, vinho e café causam enxaqueca

Depende.
Alguns pacientes podem ter suas crises desencadeadas pelo vinho, chocolate ou café. Outros podem não apresentar esta sensibilidade. Por isso, é fundamental consultar um médico especializado para identificar quais alimentos podem estar desencadeando as crises em cada caso específico.

✔️ Mulheres sofrem mais com enxaqueca

Verdade.
Após a puberdade, a doença afeta cerca de 18% das mulheres e 6% dos homens, com pico de prevalência entre 20 e 59 anos de idade. As flutuações hormonais ao longo do ciclo menstrual, assim como eventos como gravidez, menopausa e uso de contraceptivos hormonais, podem influenciar significativamente a ocorrência e a gravidade das crises de enxaqueca em mulheres.

⚠️ A gravidez melhora a enxaqueca

Depende.
No período gestacional, a maioria das pacientes, por questões hormonais, apresenta melhora na frequência e intensidade das crises. Porém, em alguns casos, as crises persistem ou até mesmo pioram.

⚠️ A enxaqueca é hereditária

Depende.
Ter um familiar em primeiro grau com enxaqueca parece estar relacionado a um maior risco de desenvolvê-la. Ou seja, herdaram da mãe, do pai, ou de ambos características genéticas que levam à enxaqueca.

❌ Beber água cura a crise

Mito.
Manter-se bem hidratado pode ajudar a prevenir ou reduzir a gravidade das crises, especialmente em indivíduos propensos à enxaqueca induzida pela desidratação. No entanto, embora a água seja essencial para a saúde geral, não é considerada um “fator de cura” para a doença em si.

✔️ Enxaqueca não tem cura, mas tem tratamento

Verdade.
Embora ainda não seja possível banir a enxaqueca definitivamente da vida das pessoas, as terapias atuais já conferem alívio duradouro às crises, proporcionando uma qualidade de vida bastante satisfatória aos seus portadores.

❌ Quem tem enxaqueca não pode pegar sol

Mito.
O que se observa é que pacientes com enxaqueca apresentam sensibilidade à luz (fotofobia), especialmente nos períodos de crise.

📢 Fique atento:

A enxaqueca é subestimada por muitos, mas pode ser altamente incapacitante. Procurar um neurologista e adotar hábitos saudáveis são os primeiros passos para controlar a doença.

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