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Vaticano rejeita como “não sobrenaturais” supostas aparições de Jesus na França

Nova instrução aprovada pelo papa Leão XIV descarta relatos de uma mulher que afirmou ter visto Jesus 49 vezes em Dozule, na Normandia
Por:
12/11/2025
discurso Papa Leão XIV
Foto: Divulgação/Vatican Media
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O Vaticano declarou nesta quarta-feira (12) que as alegadas aparições de Jesus Cristo na cidade de Dozule, no norte da França, não possuem origem sobrenatural. A decisão, aprovada pelo papa Leão XIV, foi emitida pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão responsável pela avaliação de fenômenos religiosos e doutrinais.

As supostas aparições foram relatadas por uma mulher católica da cidade, que afirmou ter visto Jesus 49 vezes entre 1972 e 1978. Segundo ela, Cristo teria ditado mensagens e solicitado a construção de uma cruz de 7,38 metros em uma encosta da cidade de Dozule, na Normandia.

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“O fenômeno das supostas aparições … deve ser considerado, definitivamente, como de origem não sobrenatural, com todas as consequências que decorrem dessa determinação”, afirma o documento do Vaticano.

A instrução ressalta ainda que qualquer prática devocional baseada nesses relatos não deve ser reconhecida oficialmente pela Igreja Católica.

Igreja adverte contra uso indevido de aparições

O texto reforça que o Vaticano mantém um processo rigoroso para avaliar alegações de aparições divinas e adverte contra o uso de fenômenos religiosos para fins financeiros ou sensacionalistas.

“A Cruz não precisa de 738 metros de aço ou concreto para ser reconhecida: ela é erguida toda vez que um coração, movido pela graça, se abre para o perdão”, destacou o comunicado da Santa Sé.

A instrução lembrou ainda que uma das mensagens atribuídas à suposta aparição afirmava que o mundo acabaria antes do ano 2000, profecia que, evidentemente, não se cumpriu.


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Aparições oficialmente reconhecidas

O Vaticano reconhece oficialmente poucas aparições, como Nossa Senhora de Guadalupe (1531, México) e as aparições de Jesus à irmã polonesa Faustina Kowalska na década de 1930.

Recentemente, a Santa Sé também publicou um decreto esclarecendo os títulos marianos, determinando que Maria não deve ser chamada de “corredentora”, já que a redenção da humanidade cabe exclusivamente a Jesus Cristo, conforme a doutrina católica.

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