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Lula e Jerônimo discutem recuperação do Rio Subaé em Santo Amaro

Rio Subaé, poluído por décadas de atividades industriais e urbanas, volta ao debate após ligação entre Lula e Jerônimo sobre sua recuperação
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28/08/2025
Rio Subaé Santo Amaro
Foto: Magno Araújo/Portal InstantBA
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou nesta terça-feira (26) para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para discutir o andamento do projeto de recuperação do Rio Subaé, em Santo Amaro, um dos mais importantes do Recôncavo baiano.

O Subaé tem, aproximadamente, 55 km de extensão. Nasce em Feira de Santana, corta São Gonçalo dos Campos e deságua na Baía de Todos-os-Santos, já em Santo Amaro. No passado, abasteceu comunidades, serviu para lazer e sustentou a pesca. Hoje sofre com poluição severa.

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A degradação do Subaé começou no século XX. A Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac) lançou escórias ricas em metais pesados como chumbo, cádmio e cobre às margens do rio. O impacto contaminou solo, água e fauna aquática.

Além disso, esgoto sem tratamento, despejo industrial e crescimento urbano desordenado em Feira de Santana aceleraram o assoreamento. Em vários trechos, o rio ficou quase invisível, encoberto por lixo.


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Consequências ambientais e sociais

A contaminação afetou diretamente a saúde pública. Estudos identificaram metais pesados em peixes e mariscos, inviabilizando a pesca segura e provocando doenças.

Ações e tentativas de recuperação

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), recebeu nesta segunda-feira (25) um novo projeto para recuperação do rio. Antes disso, ONGs, movimentos sociais e ações judiciais já pressionavam por soluções.

Em 2011, Dona Canô, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia, entregou pessoalmente um projeto de despoluição ao então governador Jaques Wagner (PT). O gesto simbolizou a luta histórica pelo Subaé.

Apesar de iniciativas, o cenário ainda preocupa. Em agosto de 2025, a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, declarou que o Subaé “segue em estado lamentável” e reforçou a urgência de medidas.

A recuperação do rio exige união entre governo, sociedade civil e setor privado, com investimentos em saneamento, fiscalização e educação ambiental.

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