Além de facilitar a fuga, a ex-diretora é acusada de lavagem de dinheiro usando uma identidade falsa — Bárbara Thais de Jesus Ramos. Em sua posse, foram encontrados documentos, um MacBook, e anotações que revelam movimentações financeiras ligadas à facção.

O uso da furadeira

Um dos elementos centrais do plano de fuga foi uma furadeira a bateria, utilizada para abrir um buraco no teto da cela. Segundo o MP, o barulho foi percebido no dia 29 de novembro, mas o coordenador de segurança, Welington Oliveira Sousa, aliado de Joneuma, impediu inspeções e ignorou os alertas. A ferramenta só foi recolhida no dia 2 de dezembro, quando o buraco já estava quase concluído.

No dia da fuga, nove homens armados com fuzis AK-47, Parafal e AR-15 invadiram o presídio, mataram um cão de guarda e atiraram contra vigilantes, permitindo a fuga dos 16 presos.

Principais envolvidos e acusações:

Joneuma Silva Neres (ex-diretora do presídio):

• Facilitou a fuga e regalias aos detentos
• Recebeu R$ 1,5 milhão da facção
• Planejou fuga com o líder Dada
• Usou identidade falsa para lavagem de dinheiro
• Autorizou entrada de caixões, celulares, facas e até refeições gourmet para presos

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Welington Oliveira Sousa (coordenador de segurança):

• Ignorou uso da furadeira
• Alterava laudos para beneficiar faccionados
• Ameaçava outros servidores

Ednaldo “Dada” (líder da facção):

• Comandou a fuga com armamento pesado
• Ordenou ataque armado a vigilantes
• Planejou fuga para o Rio com Joneuma

Vagno Oliveira Batista (fornecedor de armas):

• Entregou os fuzis usados na fuga
• Confirmou que fugitivos estão no RJ, protegidos pelo Comando Vermelho