Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Estadual da Bahia (GAECO), a Força Correcional Integrada (Force/COGER/SSP/BA) e a Corregedoria da Polícia Militar da Bahia deflagraram a Operação Fallen, que mira uma organização criminosa atuante em Feira de Santana e cidades vizinhas.
O grupo é acusado de uma série de crimes, incluindo:
- Lavagem de dinheiro oriundo do jogo do bicho
- Agiotagem
- Extorsão
- Receptação qualificada
- E outras práticas ilícitas
Desdobramento da Operação El Patrón
A Fallen é um desdobramento da Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023. Na época, foram cumpridos:
- 10 prisões preventivas
- 33 mandados de busca e apreensão
- Bloqueio de mais de R$ 200 milhões em contas
- Sequestro de 26 propriedades
- Suspensão das atividades de seis empresas
Nesta nova fase, foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.
>>> Siga nosso perfil no Instagram. Clique aqui!
Corrupção policial: braço armado da quadrilha
As investigações trouxeram à tona um fato alarmante:
O braço armado da organização criminosa era composto, majoritariamente, por policiais militares da Bahia.
De acordo com a apuração, além de atuarem na proteção da quadrilha, esses agentes participaram da destruição de provas digitais, uma tentativa de obstruir a Justiça e impedir o avanço das investigações.
Por que Operação Fallen?
O nome “Fallen”, que significa “caído” em inglês, foi escolhido para simbolizar a queda moral e ética dos agentes públicos envolvidos no esquema, pessoas que deveriam garantir a lei, mas que se corromperam e se associaram ao crime organizado.
Penas podem ultrapassar 26 anos
A investigação continua para identificar outros envolvidos e possíveis conexões da organização. Se condenados por todos os crimes, os investigados podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 26 anos de prisão.