PUBLICIDADE

Empresários de armas são alvos por sonegar R$ 14 milhões na Bahia

Polícia cumpriu mandados em Salvador, Feira de Santana e interior; grupo usava "laranjas" e empresas de fachada para evitar pagamento de ICMS
Por:
02/12/2025
operação sonegação
Foto: Divulgação/Polícia Civil
ouvir notícia
0:00

Salvador (BA) — Uma operação conjunta da Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal mirou empresários do comércio varejista de armas e munições nesta terça-feira (2). O grupo é suspeito de sonegar R$ 14 milhões em impostos estaduais na Bahia.

Equipes da Polícia Civil, Ministério Público (MP) e Fisco Estadual cumpriram mandados de busca e apreensão no bairro do Barbalho, em Salvador. As ações se estenderam para os municípios de Feira de Santana, Irecê, Jussara e Coração de Maria. Além disso, a operação cumpriu uma ordem de prisão temporária em Feira de Santana contra o empresário apontado como líder do grupo.

Notícias Relacionadas

A Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), responsável pela apuração, constatou um esquema sofisticado. O grupo deixava de recolher o ICMS declarado dentro do prazo legal de forma sistemática. Portanto, os empresários utilizavam diversas manobras para evitar o pagamento do tributo. Entre as fraudes estavam a sucessão empresarial fraudulenta, a criação de empresas de fachada e o uso de “laranjas” como sócios e administradores para ocultar o verdadeiro proprietário das operações.

As investigações identificaram um conjunto de empresas interligadas. Elas foram criadas com o objetivo de mascarar a real atividade econômica do grupo. Assim, o esquema buscava postergar indefinidamente o pagamento do ICMS, sem qualquer intenção de quitar o débito.


>>> Siga nosso perfil no Instagram. Clique aqui!


Lavagem de dinheiro e grande efetivo

A Força-Tarefa também investiga a existência de associação criminosa e um possível esquema de lavagem de dinheiro. O comércio de joias teria sido utilizado para movimentar valores provenientes da sonegação.

A operação mobilizou um grande efetivo de agentes. Participaram sete promotores de Justiça, 14 delegados e 56 policiais do Necot/Draco. Seis servidores do Fisco Estadual, oito servidores do MP-BA e sete policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz) também atuaram nas diligências.

Leia mais

Rolar para cima