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Soldado da PM-BA é investigada por promover jogos de azar nas redes sociais

Flora Taís, que também atua como influenciadora digital, já havia sido punida por uso da farda da PM em campanhas publicitárias.
Por:
21/04/2025
policial
Foto: Redes Sociais

A policial militar Flora Taís Machado do Nascimento, lotada no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Bahia, voltou a ser alvo de uma investigação disciplinar após divulgar jogos de azar em suas redes sociais, especialmente no Instagram, onde possui mais de 470 mil seguidores.

De acordo com documentos internos da corporação, a conduta da soldado foi considerada incompatível com os valores institucionais da Polícia Militar da Bahia, por promover conteúdos que ferem os padrões éticos esperados de um agente público — especialmente o envolvimento com atividades relacionadas a apostas e jogos de sorte.

Uso da farda e imagem da PM em ações comerciais agrava o caso

Entre abril e junho de 2023, a policial também usou sua farda e símbolos da PM em postagens de cunho comercial. Os registros incluíam propagandas de lojas de biquínis, eventos e jogos de azar, o que levou à sua condenação a prisão administrativa em 2024, segundo documentos assinados pelo então comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho.

A reincidência na conduta, agora com ênfase na divulgação de jogos de azar, reacende o debate sobre o uso da imagem institucional da PM para fins comerciais e os limites da presença digital de servidores públicos, especialmente aqueles com grande influência nas redes.

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Influenciadora, podcaster e ex-Musa do Vitória

Flora Taís se apresenta nas redes sociais como funcionária pública, apresentadora de podcast e influenciadora digital. Produz conteúdos sobre autoconhecimento, treinos, motivação e vida real, atraindo uma base fiel de seguidores.

Em 2013, participou do concurso Musa do Brasileirão, representando o Esporte Clube Vitória. Atualmente, divide sua rotina entre o trabalho como policial e a produção de conteúdo digital.

Outros casos semelhantes: PMs sob os holofotes digitais

Na mesma época, outro policial militar, o soldado Clézio Santana Lins, da 59ª CIPM/Vila de Abrantes, também foi punido com prisão administrativa por supostamente expor a corporação em uma entrevista no podcast “Só Vem”, onde relatou o furto de um celular por parte de um colega durante uma abordagem.

Os episódios levantam questionamentos sobre os limites entre liberdade de expressão, marketing digital e a responsabilidade institucional dos agentes públicos nas redes sociais.

O que diz a legislação sobre servidores e jogos de azar?

Segundo a legislação brasileira, servidores públicos estão proibidos de utilizar a imagem institucional do Estado para promover atividades comerciais, especialmente aquelas ligadas a jogos de azar — prática considerada ilegal quando não regulamentada.

Além disso, o Código de Ética da PM-BA veda condutas que comprometam a imagem da corporação ou que envolvam associação a práticas ilícitas ou de caráter duvidoso, o que agrava a situação disciplinar da policial.

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