O assassinato de Ana Luíza Silva dos Santos, 19 anos, durante uma ação policial no bairro da Engomadeira, em Salvador, gerou comoção na comunidade e levantou questionamentos sobre a conduta dos agentes envolvidos. A jovem morreu na tarde deste domingo (13), após ser atingida por disparos durante uma troca de tiros entre a Polícia Militar e criminosos, na Rua Nanan.
O tenente-coronel Luciano Jorge, comandante da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), lamentou a tragédia e prestou solidariedade à família. “Temos que dizer que hoje nós estamos em luto. Nos solidarizarmos com a família, aos entes queridos, aos familiares. Uma menina realmente que, pelo que se sabe, tinha um futuro pela frente e ocorreu esse episódio que tirou a vida dela infelizmente”, disse em entrevista ao PS Notícias, nesta segunda-feira (14).
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Circunstâncias sob investigação
Testemunhas e familiares da vítima alegam que os disparos foram resultado de uma abordagem equivocada. Em resposta, o comandante informou que a ocorrência seguiu protocolo padrão da corporação e que os policiais prestaram socorro imediato à jovem, encaminhando-a ao Hospital Roberto Santos.
“Nós temos um protocolo onde alguns passos são seguidos. Eu acompanhei isso, embora esteja fazendo isso remotamente. Então, a equipe policial foi ao DHPP [Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa], fez o registro depois de prestar o socorro à vítima, se cercar de todos os detalhes em torno do devido socorro à vítima. [Quero] registrar o empenho da equipe médica do Roberto Santos, que de forma empenhada tentou realmente trazê-la, mantê-la viva, infelizmente não foi possível. E seguiu ao DHPP, para fazer o procedimento e, em seguida, foram para corregedoria, porque [a investigação] vai ocorrer paralelo ao procedimento administrativo. A competência, a atribuição da apuração é da Polícia Civil, especificamente a Delegacia de Homicídios, e a corregedoria vai fazer uma investigação paralela ao procedimento administrativo”, explicou o tenente-coronel.
As armas utilizadas pelos policiais foram entregues para perícia, e os envolvidos já prestaram depoimento. O policiamento permanece reforçado na Engomadeira.