
Presidente do União Brasil é citado em investigação do PCC

O advogado Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, foi citado em investigações da Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis e no sistema financeiro.
Segundo apuração do portal Metrópoles, Rueda seria proprietário oculto de jatos executivos e de fundos de investimento suspeitos de movimentações ilícitas.
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Jatos e vínculos com investigados
As aeronaves – Cessna 560XL, Cessna 525A, Raytheon R390 e Gulfstream G200 – são operadas pela Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), empresa que também prestou serviços a Roberto Augusto Leme da Silva (“Beto Louco”) e Mohamad Hussein Mourad (“Primo”), dois dos principais alvos da operação.
O Cessna 560XL (PRLPG), por exemplo, está registrado em nome da Magik Aviation, ligada à Bariloche Participações S.A., presidida pelos empresários Haroldo Augusto Filho e Valdoir Slapak, já investigados na Operação Sisamnes sobre venda de sentenças no STJ.
Fundos suspeitos e ocultação de patrimônio
A Bariloche recebe recursos do Bariloche FIP, que por sua vez é financiado pelo fundo Viena, da gestora Genial. Este fundo foi descrito como “caixa-preta” e já citado nos autos da Carbono Oculto.
Tanto o Bariloche FIP quanto o Viena apresentaram abstenção de opinião de auditoria na CVM, por não entregar documentos exigidos – prática que, segundo investigadores, é usada para ocultar patrimônio e lavar dinheiro.
Operação Carbono Oculto
Deflagrada em agosto de 2024 pelo MP-SP, com apoio da PF e Receita Federal, a Carbono Oculto revelou que o PCC movimentou R$ 50 bilhões no setor de combustíveis entre 2020 e 2024.
O esquema envolvia desde importação e distribuição até postos de combustíveis, além do uso de fintechs e fundos de investimento para dar aparência legal ao dinheiro.
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Posição do partido
Até o momento, nem o União Brasil nem Antônio Rueda emitiram nota oficial sobre as investigações.