
Cláudio Castro diz que operação no Rio foi “um sucesso”

O governador Cláudio Castro (PL) defendeu nesta quarta-feira (29) a Operação Contenção, classificada por ele como “um sucesso”, mesmo após a morte de mais de 100 pessoas no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo o governador, apenas os quatro policiais mortos são considerados vítimas da ação.
Castro: “De vítima, só tivemos os policiais”
Durante entrevista coletiva, Cláudio Castro afirmou que a operação representou “um duro golpe contra o crime organizado” e que o dia 28 de outubro “ficará marcado como histórico” para o estado.
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“Não vamos ficar chorando, ajudaram ou não ajudaram. Não dá para contar com apoio, a gente fez a nossa operação e foi um sucesso. Tirando a vida dos policiais, o resto da operação foi um sucesso”, disse o governador.
Ele acrescentou que o trabalho das forças de segurança foi “essencial” para “enfraquecer o poder bélico e financeiro” das facções criminosas e pediu apoio do governo federal para futuras ações conjuntas.
“Quem quiser somar com o Rio de Janeiro nesse momento no combate a criminalidade é bem-vindo. Os outros, que querem fazer politicagem, nosso recado é: suma. Ou soma ou suma. Não entraremos nessa armadilha de ficar querendo polarizar ou politizar uma das maiores ações que já houve”, declarou.
Operação mais letal da história do Rio
A Operação Contenção, realizada entre terça (28) e quarta-feira (29), já é considerada a mais letal da história do estado.
De acordo com o governo do Rio, 64 suspeitos e quatro policiais foram mortos oficialmente, mas moradores do Complexo da Penha levaram outros 64 corpos à Praça São Lucas, elevando o número total para mais de 120 mortos.
O g1 apurou que os corpos foram encontrados na mata da Serra da Misericórdia, entre os complexos do Alemão e da Penha, onde ocorreram intensos confrontos. Muitos apresentavam ferimentos a bala e rostos desfigurados.
Os moradores levaram os corpos à praça para facilitar o reconhecimento por familiares.
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Caos e guerra urbana
Durante a operação, drones foram usados por criminosos para lançar explosivos e atrasar o avanço policial. A ação resultou em tiroteios intensos, veículos queimados e bloqueios de vias.
Foram cumpridos 81 mandados de prisão e apreendidos mais de 100 fuzis, segundo a Secretaria de Segurança Pública. O objetivo era desarticular o Comando Vermelho.
Investigações continuam
A Polícia Civil informou que o reconhecimento oficial dos corpos será realizado no prédio do Detran, ao lado do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio. O acesso está restrito ao Ministério Público e às forças de segurança.
O governador afirmou que o trabalho de perícia será “aberto e transparente” para todas as autoridades.
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