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Prefeito de Santo Amaro emite nota sobre decisão do TCM-BA

Flaviano Bomfim afirma que falta de acesso a documentos de gestões anteriores prejudicou defesa em processo sobre convênios da pandemia
Por:
20/08/2025
Prefeito de Santo Amaro, Flaviano Rohrs da SIlva Bomfim
Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Santo Amaro
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O prefeito de Santo Amaro, Flaviano Bomfim (UB), divulgou nota nesta quarta-feira (20) após decisão do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) que determinou a devolução de quase R$ 5 milhões aos cofres públicos e aplicação de multa de R$ 5 mil. A condenação ocorreu por supostas irregularidades em convênios relacionados à pandemia da Covid-19.

Nota de Esclarecimento

Na manifestação oficial, Flaviano atribuiu a decisão à falta de acesso a documentos que estavam sob responsabilidade da gestão anterior:

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“Toda a documentação dos convênios auditados foi devidamente deixada nos arquivos do município. Entretanto, quando chegou o momento de apresentação das defesas, a Prefeitura já se encontrava sob a condução de outra gestão, que não assegurou o acesso dos documentos indispensáveis. Essa falta de transparência impossibilitou o pleno exercício do direito de defesa e comprometeu a correta condução do processo.”


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O prefeito destacou ainda que agora reuniu os registros necessários para prestar os devidos esclarecimentos ao órgão.

Flaviano também afirmou que todos os convênios firmados durante a pandemia tiveram as contas aprovadas pelo próprio TCM em 2020 e que as ações da Prefeitura estiveram sob acompanhamento da Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo ele, isso reforça “a regularidade dos atos praticados”.

O gestor disse que sua administração atua “pautada pela legalidade, transparência e responsabilidade”. Ele lembrou ainda dos desvios revelados pela Operação Adsumus, que apontou rombo de mais de R$ 24 milhões em gestões passadas:

“Após os escândalos de desvios de recursos apurados pela Operação Adsumus, comprovados pelo Poder Judiciário e que ultrapassaram R$ 24 milhões dos cofres públicos do município, Santo Amaro respira o conforto e a segurança de ter um gestor comprometido com a correta aplicação dos recursos e com reconstrução da confiança na administração pública.”

nota de esclarecimento Flaviano Bomfim
Reprodução/Instagram

Voto da relatora e decisão do TCM

A conselheira Aline Peixoto destacou em seu voto que os auditores não conseguiram validar despesas contratadas junto à Associação Saúde em Movimento (ASM). Segundo o relatório, faltaram documentos básicos como notas fiscais, identificação de profissionais contratados e comprovação de serviços prestados.

“As alegações de defesas apresentadas não foram suficientes para descaracterizar todas as irregularidades, ocorrendo em realização de despesas sem a correspondente comprovação”, afirmou a conselheira.

O TCM determinou que Flaviano Bomfim e Regina Célia Marques de Souza Silva, presidente da ASM, devolvam solidariamente os valores.

Ministério Público contesta defesa

O procurador Danilo Diamantino, representante do MPBA, reforçou que a pandemia não justificava gastos sem transparência:

“O fato de existir a pandemia não era carta branca para que irregularidades acontecessem”, disse.

Segundo ele, outros municípios realizaram contratações emergenciais sem cometer as falhas encontradas em Santo Amaro.

Além do ressarcimento, o TCM recomendou que o Ministério Público Estadual apure a prática de improbidade administrativa, o que pode resultar em ação judicial contra o gestor.

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