
Lula viaja aos EUA para Assembleia da ONU em meio a tensão com Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou neste domingo (21) para Nova York, onde participa da 80ª Assembleia Geral da ONU, entre segunda (22) e quarta-feira (24). Como é tradição, o Brasil abrirá os discursos na terça-feira (23), seguido pelos Estados Unidos.
Lula fará um pronunciamento com foco na defesa da soberania, democracia e multilateralismo. O tema desta edição é “Melhor Juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”.
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Relação Brasil-EUA marcada por atritos
A viagem ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O governo de Donald Trump aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e incluiu o ministro Alexandre de Moraes em uma lista de sanções baseada na Lei Magnitsky, que pune supostas violações de direitos humanos.
Trump justifica as medidas citando a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo STF por tentativa de golpe. Apesar de dividirem o mesmo espaço na ONU, não há encontro previsto entre Lula e Trump, segundo fontes diplomáticas.
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Vistos e restrições à comitiva
A viagem também enfrentou entraves na emissão de vistos para parte da comitiva. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu autorização restrita para circular em apenas cinco quarteirões em Nova York e desistiu de participar da reunião da Opas em Washington.
Eventos paralelos em Nova York
Além da Assembleia, Lula participará da Semana do Clima de Nova York, preparatória para a COP30 em Belém, e de uma reunião sobre a questão palestina nesta segunda (22). Na quarta (24), o presidente brasileiro articula o encontro “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, que contará com líderes do Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai, mas excluiu os EUA da lista de convidados.