Segundo o governo, “o principal eixo da Cúpula será a defesa do multilateralismo, pauta central do Brics”. O encontro integra a presidência rotativa brasileira, que vai até dezembro, e também articula a posição do grupo diante da COP30.

Articulações diplomáticas antes da Cúpula

Nas últimas semanas, Lula conversou por telefone com Xi, Modi e Putin. Também manteve diálogos com Emmanuel Macron (França) e Claudia Scheinbaum (México).

As conversas trataram de multilateralismo, parcerias comerciais e diversificação de mercados. A diplomacia brasileira tenta ampliar acordos e evitar que o Brics transmita imagem de antiamericanismo, embora o grupo já tenha criticado medidas protecionistas unilaterais.

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Brasil propõe refundação da OMC

Na Fiesp, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o Brasil iniciou articulações com países afetados pelas tarifas americanas. Segundo ele, cresce a preocupação com a deterioração do sistema multilateral e a fragilidade de negociações bilaterais assimétricas.

“O Brasil pretende desse modo dar início a discussões sobre uma reforma estrutural da OMC, uma verdadeira refundação do organismo, sobre bases mais modernas e flexíveis”, disse Vieira.

A OMC enfrenta paralisia desde o governo Trump, quando os EUA bloquearam indicações ao órgão de apelações responsável por disputas comerciais.

Expansão de acordos comerciais

O governo brasileiro tenta acelerar novas frentes de negociação. Em agosto, o Mercosul retomou o diálogo para firmar um acordo de livre comércio com o Canadá.

O vice-presidente Geraldo Alckmin viajou ao México para estreitar relações comerciais e irá à Índia em breve com o mesmo objetivo.