
Lula descarta confronto com EUA, mas afirma: “Brasil não é republiqueta”

Em discurso no 17º Encontro Nacional do PT, em Brasília, neste domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não pretende desafiar os Estados Unidos, mas que exige respeito por seus interesses econômicos e estratégicos.
Ao comentar o tarifaço de 50% imposto pelos EUA a cerca de 36% das exportações brasileiras, Lula destacou que o país busca negociar em igualdade de condições, declarando:
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“Os EUA são muito grande, é o país mais bélico do mundo, é o país mais tecnológico do mundo, é o país com a maior economia do mundo. Tudo isso é muito importante. Mas nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos e estratégicos. Nós queremos crescer. E nós não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável. É inaceitável”
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A declaração ressoa com o discurso de soberania e protagonismo brasileiro dentro do bloco dos BRICS, no qual Lula tem defendido a criação de sistemas de pagamento independentes do dólar.
Apesar do tom firme, Lula enfatizou que o governo mantém a porta aberta para o diálogo com Washington:
“Vamos dizer o seguinte, ‘olha, quando quiser negociar, as propostas estão na mesa. Aliás, já foram apresentadas propostas pelo [vice-presidente] Alckmin e pelo [ministro das relações exteriores] Mauro Vieira. Então, é simplesmente isso”, finalizou.
A diplomacia brasileira também respondeu à retaliação dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes com críticas públicas, classificando a ação como uma intromissão inaceitável na soberania jurídica do país.
No plano econômico, o governo prepara um pacote de crédito emergencial para empresas afetadas pelas tarifas, enquanto avalia a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica prevista no ordenamento legal nacional.
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