“Esse é um problema que eu tenho: vários ministros importantes que eu não gostaria que deixassem o governo. Mas eu também não tenho o direito de exigir o sacrifício de um ministro que tem possibilidade de se eleger. Então, quem quiser ser candidato será liberado para isso. Não vou impedir o crescimento e o surgimento de novas lideranças no Brasil”, disse Lula.

O presidente aproveitou a entrevista para ressaltar a força das lideranças baianas dentro do governo federal.

“O Rui [Costa] é uma liderança extraordinária na Bahia. Ainda tenho o privilégio de ter o Jaques Wagner, o Otto [Alencar] e o Coronel, que nos ajudam em muita coisa. A esperteza política desses baianos só me ajuda”, afirmou.

Bahia no centro da estratégia petista

A movimentação do PT reforça a importância da Bahia no tabuleiro político nacional e sinaliza uma disputa intensa pelas duas cadeiras no Senado Federal.

Caso as pré-candidaturas sejam confirmadas, Wagner — atual senador — e Rui Costa, que comandou o estado entre 2015 e 2022, deverão representar o principal palanque de Lula no Nordeste.

Além deles, o partido avalia alianças com legendas da base governista, buscando ampliar sua presença nas chapas proporcionais e majoritárias.

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No pleito de 2026, cada estado elegerá dois senadores. Essa configuração deve aquecer as articulações partidárias e aumentar o peso das alianças regionais — especialmente na Bahia, onde o PT mantém hegemonia há quase duas décadas.

As definições oficiais sobre as candidaturas só devem ocorrer após o primeiro semestre de 2026, quando o partido realizar suas convenções estaduais.