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Endometriose: SUS inclui DIU-LNG e desogestrel no tratamento

Novos métodos hormonais ampliam cuidados gratuitos para mulheres com a doença em todo o Brasil
Por:
10/07/2025
sus
Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil
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O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de dois novos métodos hormonais para tratamento da endometriose na rede pública. A partir de 2025, o DIU com levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel serão oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.

A medida foi oficializada por meio das portarias SECTICS/MS nº 41/2025 e nº 43/2025, com objetivo de ampliar o acesso a terapias mais eficazes, seguras e com maior adesão das pacientes.

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🔬 O que é endometriose?

A endometriose é uma condição inflamatória causada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero — atingindo ovários, bexiga e intestinos. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Cólicas menstruais intensas
  • Dor pélvica crônica
  • Dor durante a relação sexual
  • Dificuldade para engravidar
  • Problemas intestinais e urinários cíclicos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% das mulheres em idade fértil no mundo vivem com a doença — cerca de 190 milhões de pessoas. No Brasil, o SUS registrou mais de 53 mil atendimentos especializados em 2024.

Novos tratamentos no SUS

DIU-LNG (Levonorgestrel)
Com marcas conhecidas como Mirena e Kyleena, o dispositivo libera hormônio direto no útero. Ele inibe o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é ideal para pacientes com contraindicação ao uso de contraceptivos orais. A troca é necessária apenas a cada cinco anos, o que aumenta a adesão.


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Desogestrel
É um anticoncepcional hormonal que inibe a ovulação, reduzindo a dor e retardando o avanço da doença. Pode ser utilizado ainda durante a avaliação clínica, antes mesmo do diagnóstico final.

Outros tratamentos já oferecidos

O SUS já disponibiliza tratamento clínico e cirúrgico. A abordagem inclui:

  • Progestágenos e COCs (contraceptivos orais combinados)
  • Análogos de GnRH
  • Analgésicos e anti-inflamatórios
  • Acompanhamento multidisciplinar

Em casos mais severos, o tratamento pode envolver:

  • Videolaparoscopia (remoção de focos e diagnóstico)
  • Laparotomia (cirurgia aberta)
  • Histerectomia (remoção do útero, como último recurso)

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