
Psicóloga alerta sobre importância de falar da morte com crianças

A psicóloga Bianca Reis destacou a importância de falar sobre a morte e o luto com as crianças, apontando que o silêncio sobre o tema pode gerar sofrimento emocional e até doenças psicossomáticas.
Falar sobre a morte ajuda a evitar traumas e adoecimentos emocionais
A morte é parte natural da existência, mas ainda é tratada como tabu por grande parte da sociedade. Para a psicóloga Bianca Reis, esse silêncio pode se refletir em sintomas físicos e emocionais.
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“As doenças psicossomáticas são causadas por problemas emocionais do indivíduo e representam a ligação direta entre a saúde emocional e a física. Tudo que a gente não fala, comunica ou elabora cresce e acha um caminho de manifestação e, em muitos casos esse caminho é o adoecimento”, explicou.
Bianca ressalta que é essencial criar o hábito de falar sobre a morte e vivenciar o luto de forma saudável, permitindo que as emoções sejam expressas.
Diálogo aberto e apoio familiar são fundamentais
A psicóloga recomenda transparência e acolhimento no diálogo com as crianças, utilizando recordações positivas e linguagem lúdica. Filmes, livros e brincadeiras podem ajudar a contextualizar o tema de forma leve e natural.
“A morte é um desafio emocional com o qual a criança tem que lidar, e por vezes pode desencadear diversos tipos de comportamento, inclusive dificuldades de expressar e identificar os sentimentos”, afirmou Bianca.
Cada criança reage de forma única, de acordo com a idade, o temperamento e o apoio dos adultos. Por isso, respeitar o tempo e a particularidade de cada uma é essencial no processo de luto.
“A criança está em desenvolvimento cognitivo e emocional e, embora quando sofra uma perda significativa ela perceba que a morte é uma coisa irreversível, há questões que ela só vai compreendendo e revendo à medida que cresce”, complementa Bianca Reis.
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O luto é um processo contínuo, não um evento
Precisamos lembrar que o luto é um processo, não um evento. A gente vive/sobrevive apesar do luto. Ele é fluido e presente de forma mais ou menos ativa a depender de muitas circunstâncias.
As crianças, assim como os adultos, vão passar ou estar nesse processo por um tempo indeterminado, e é preciso todo cuidado e observação.
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