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MP-BA exige acolhimento familiar imediato em Conceição do Jacuípe

A medida busca garantir a proteção de crianças e adolescentes vulneráveis, cobrando a implementação de política de acolhimento familiar no município
Por: Redação InstantBA
Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de Conceição do Jacuípe

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) entrou com uma ação civil pública contra a Prefeitura de Conceição do Jacuípe, cobrando a implementação urgente de um serviço de acolhimento familiar para crianças e adolescentes em situação de risco. Segundo a promotora de Justiça Paola Maria Gallina, o município não oferece nenhuma alternativa adequada para esses menores, deixando-os desamparados.

Falta de estrutura e omissão da Prefeitura

Na ação, o MP-BA argumenta que Conceição do Jacuípe está negligenciando a proteção de crianças e adolescentes vulneráveis. Apesar da aprovação de uma lei municipal em 2023, que previa a implantação do serviço de acolhimento, nenhuma medida foi tomada para concretizar o projeto.

O MP-BA destaca que, sem um sistema adequado de acolhimento, crianças e adolescentes são enviados a outras cidades ou ficam sujeitos a soluções improvisadas, agravando sua vulnerabilidade.

O que o MP-BA exige?

O Ministério Público requer que a Prefeitura implemente a política de acolhimento familiar de forma imediata, garantindo:

  • A criação de uma equipe técnica especializada, composta por psicólogos e assistentes sociais.
  • Capacitação dos profissionais envolvidos, seguindo a Política Nacional de Capacitação.
  • Elaboração de fluxogramas operacionais para otimizar o atendimento.
  • Atendimento das crianças em imóveis residenciais urbanos até que o acolhimento familiar seja efetivamente implementado.
  • Suporte pós-acolhimento por pelo menos seis meses.
  • Prioridade nos atendimentos médicos, educacionais e socioassistenciais.

Importância do acolhimento familiar

Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a convivência familiar é essencial para o desenvolvimento integral de menores afastados de suas famílias. A medida evita a institucionalização prolongada, permitindo que as crianças cresçam em um ambiente mais próximo do familiar.

Segundo o MP-BA, a ausência desse serviço é resultado da “indiferença do município” em relação às demandas apresentadas ao longo dos últimos anos. Agora, a Justiça pode determinar a implantação obrigatória do programa.

O caso segue em análise judicial, e o MP-BA continua acompanhando a situação para garantir a proteção integral das crianças e adolescentes de Conceição do Jacuípe.

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