O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta um novo mandado de prisão emitido por um tribunal nesta terça-feira (7), sob acusações de insurreição. A medida intensifica a crise política e divide o país, que assiste a manifestações fervorosas de apoiadores e opositores em meio ao rigoroso inverno.
Fortaleza presidencial sob cerco
O Serviço de Segurança Presidencial (PSS) reforçou o complexo presidencial com arame farpado e barricadas. A residência oficial, localizada em um luxuoso bairro conhecido como a “Beverly Hills da Coreia”, tornou-se palco de tensão após a tentativa de prender Yoon em uma operação fracassada na semana anterior.
Segundo o investigador Oh Dong-woon, responsável pelo caso, o novo mandado será executado “com grande determinação”, envolvendo até a mobilização de equipamentos pesados e unidades táticas especiais, se necessário.
Acusações e contestações
Yoon é acusado de insurreição devido à tentativa de impor lei marcial em 3 de dezembro, além de enfrentar um julgamento de impeachment no Tribunal Constitucional. Seu advogado, Yoon Kab-keun, contesta o mandado, alegando irregularidades jurisdicionais e descrevendo as acusações como parte de uma campanha difamatória.
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Enquanto isso, críticos pedem uma abordagem menos agressiva, como a “guerra cognitiva”, para persuadir os guardas presidenciais a cooperarem sem conflitos armados.
Manifestações se intensificaram ao redor do complexo presidencial, com centenas de cidadãos divididos entre exigir a prisão de Yoon e defender sua imunidade como chefe de Estado.
Caso Yoon seja preso, a Coreia do Sul enfrentará desafios institucionais inéditos, incluindo um potencial vazio de poder e possíveis confrontos físicos no processo de execução do mandado.