
Lula vai decretar 2 de Julho como segunda data oficial da Independência do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará, nesta quarta‑feira (2), decreto que reconhece o 2 de Julho como segunda data oficial da Independência do Brasil.
Lula desembarca em Salvador na noite desta terça (1º). Ele participará do tradicional cortejo que celebra a expulsão dos portugueses da Bahia em 1823.
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A equipe presidencial conclui os ajustes finais do ato. O texto inclui a data no calendário cívico nacional, mas não há confirmação se será estabelecido feriado federal, apesar do presidente Lula ter sinalizado a possibilidade em 2024.
O presidente defendeu a mudança em 2024. “Tem a independência que foi o grito do imperador, que a gente nem sabe se deu o grito mesmo […] Mas nós tivemos a verdadeira independência do Brasil, que foi o resultado final da expulsão dos últimos portugueses em 2 de julho em Salvador, na Bahia. Ali houve luta e houve mulheres heroínas. Muitas mulheres que lutaram para garantir a independência”, declarou Lula à época.
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A Bahia reverencia o 2 de Julho há dois séculos. A população lutou por 17 meses até expulsar o último batalhão português de Salvador.
Governador Jerônimo Rodrigues acompanhará o presidente durante todo o percurso. Deputados, ministros e movimentos sociais também marcarão presença.
O Palácio do Planalto prevê a publicação do decreto no Diário Oficial ainda na quarta‑feira.
A importância do 2 de Julho para a Independência do Brasil
Mais do que uma celebração local, o 2 de Julho representa a consolidação prática da Independência do Brasil. Enquanto o 7 de Setembro de 1822 simbolizou o rompimento político com Portugal, foi a luta travada na Bahia que garantiu de fato a soberania nacional.
Entre 1822 e 1823, tropas brasileiras e portuguesas travaram batalhas intensas em Salvador e no Recôncavo Baiano. A resistência baiana, formada por homens, mulheres, indígenas e negros libertos, foi determinante para a expulsão definitiva das forças portuguesas.
A vitória em 2 de Julho de 1823 garantiu o controle territorial do Brasil independente, impedindo o avanço colonialista e consolidando o nascimento da nação.
Historiadores apontam que, sem a vitória militar na Bahia, o processo de independência teria sido frágil ou até revertido pela coroa portuguesa.
Por isso, a oficialização da data por Lula não apenas homenageia o povo baiano, mas corrige uma lacuna histórica, ao reconhecer o papel decisivo da Bahia na construção do Brasil livre.
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