
Moraes é acusado de pressionar Banco Central em favor do Master
Principais Pontos do Post
- O ministro Alexandre de Moraes (STF) teria atuado diretamente em favor do Banco Master junto ao Banco Central (BC) antes de sua liquidação extrajudicial.
- Moraes teria procurado o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para pressionar pela aprovação da venda de carteiras de crédito do Master e defender seu proprietário, Daniel Vorcaro.
- A pressão perdeu força após o BC apresentar dados técnicos sobre um rombo de R$ 12,2 bilhões e evidências de fraudes no Banco Master.
- O escritório de advocacia da esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, tinha um contrato de R$ 130 milhões com o Banco Master, mas não há registro de atuação oficial perante órgãos federais.
- O ministro Dias Toffoli (STF) avocou as investigações sobre o caso, decretou sigilo total e estabeleceu prazo para depoimentos da Polícia Federal, gerando apreensão no BC.
- O presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou ter documentado todas as reuniões e mensagens para se blindar de pressões.
- O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou esclarecimentos ao BC sobre a liquidação, adicionando uma camada de pressão política.

Revelações sobre os bastidores do sistema financeiro e do Judiciário indicam que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria atuado diretamente em favor do Banco Master perante o Banco Central (BC). A instituição sofreu liquidação extrajudicial pela autoridade monetária no último dia 18 de novembro.
Informações divulgadas inicialmente pelo jornal O Globo apontam que Moraes procurou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes. O objetivo seria pressionar pela aprovação da venda de carteiras de crédito do Master para o BRB (Banco de Brasília). Durante os contatos, o ministro teria defendido Daniel Vorcaro, dono do Master, alegando que o banqueiro sofria perseguição de concorrentes.
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A ofensiva teria perdido força após Galípolo apresentar dados técnicos sobre um rombo de R$ 12,2 bilhões e evidências de fraudes no repasse de créditos. Outro ponto crítico do caso envolve o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro. Documentos revelam um contrato de R$ 130 milhões com o Banco Master, prevendo pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões por três anos para representação junto a órgãos federais.
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Consultas realizadas via Lei de Acesso à Informação (LAI) indicam, porém, que o escritório nunca protocolou petições ou participou de reuniões oficiais em nome do banco nas autarquias citadas. No âmbito judicial, o ministro Dias Toffoli avocou as investigações que tramitavam na Justiça Federal e decretou sigilo total, dando 30 dias para a Polícia Federal colher depoimentos de executivos e diretores do BC.
A movimentação gera apreensão entre o corpo técnico da autoridade monetária, que teme possíveis intimidações. Gabriel Galípolo afirmou publicamente que o Banco Central documentou todas as reuniões e mensagens para se blindar de pressões. Paralelamente, o ministro Jhonatan de Jesus, do Tribunal de Contas da União (TCU), deu prazo até esta terça-feira (23) para que o BC preste esclarecimentos sobre a liquidação, medida vista pelo mercado como uma camada adicional de pressão política.
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