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Decisão de Moraes: Bolsonaro tentou fugir antes de ser preso

Ministro do STF converteu prisão domiciliar em preventiva citando alto risco de fuga e proximidade de embaixadas
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22/11/2025 | Atualizado 2 horas atrás
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Brasília (DF) 14/09/2025 -- O ex-presidente Jair Bolsonaro deixando hospital sob forte esquema de segurança, após passar por procedimentos. | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, converteu a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro em preventiva. A ordem foi cumprida na manhã deste sábado (22). A decisão do ministro aponta alto risco de fuga como principal motivação da medida. Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal em casa por volta das 6h.

A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva. O ministro escreveu na decisão que o senador Flávio Bolsonaro convocou uma vigília. A vigília ocorreria em frente ao condomínio do ex-presidente na sexta-feira (21). Moraes entendeu que a vigília criaria aglomeração. Portanto, o ato configuraria “altíssimo risco” para a efetividade da prisão domiciliar e a ordem pública.

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O Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a violação do equipamento. A tornozeleira eletrônica de Bolsonaro apresentou violação às 0h08 deste sábado. Moraes afirma que este ato constata a intenção de fuga. Ele pretendia fugir pela confusão causada pela manifestação do filho. O ministro entende que Bolsonaro usaria a aglomeração para obstruir a fiscalização.

Proximidade de embaixadas e aliados foragidos

O ministro também destacou a proximidade da residência de Bolsonaro. O condomínio fica a cerca de 13 km da Embaixada dos Estados Unidos. Ele relembrou o plano de fuga anterior do réu. O ex-presidente havia planejado, durante a investigação, asilo político na Embaixada da Argentina.

Moraes lembrou que aliados já deixaram o país. Alexandre Ramagem e Carla Zambelli, ambos condenados, fugiram. Eduardo Bolsonaro, filho do réu, também deixou o país. Assim, o ministro usou a reiteração da estratégia de evasão para justificar a prisão preventiva.


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Principais pontos da decisão

O risco de fuga de Bolsonaro levou à conversão da prisão. A decisão de Moraes destacou os seguintes pontos:

  • Violação de tornozeleira: O ex-presidente tentou romper o dispositivo de monitoramento.
  • Vigília: A convocação de Flávio Bolsonaro causaria risco à ordem pública. O ministro chamou o ato de repetição do modus operandi (forma de agir).
  • Proximidade de embaixadas: A residência fica próxima a embaixadas estrangeiras.
  • Evasão de aliados: A fuga de Ramagem, Zambelli e Eduardo Bolsonaro indica estratégia.

Moraes determinou que a prisão ocorresse sem algemas e com respeito à dignidade. A medida será submetida a referendo da Primeira Turma do STF na segunda-feira (24).

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