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Eliete e Sandro Filho protagonizam embate por denúncia ambiental em Salvador

Vereadora quilombola é acusada de obra em comunidade e critica “capitão do mato” na Câmara
Por:
05/08/2025
Sandro Filho Eliete vereadores salvador
Sandro Filho e Eliete Paraguassu. | Foto: TV Câmara de Salvador/Reprodução
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Em sessão da Câmara Municipal de Salvador, na tarde de terça-feira (5), o vereador Sandro Filho (PP) acusou a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) de promover uma obra supostamente irregular na comunidade quilombola Porto dos Cavalos, na Ilha de Maré.

Sem citar nomes, Sandro relatou que recebeu denúncias da comunidade indicando que a obra pertence a uma vereadora que se apresenta como defensora do meio ambiente, pautando o combate ao racismo ambiental.

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Eu recebi a informação de que uma obra está sendo feita e que possivelmente viola normas ambientais. A denúncia vem da comunidade Porto dos Cavalos, e pasmem, acreditem se quiser, parece que a obra pertence a uma vereadora aqui da Câmara. Ela que diz defender o meio ambiente. Ela que defende a pauta do racismo ambiental, como se existisse. Eu recebi essa denúncia diretamente da comunidade de Porto dos Cavalos e precisamos investigar o quanto antes”, disse o vereador, pedindo à Secretaria de Desenvolvimento Urbano que embargue a obra caso identifique irregularidades.

Em resposta, Eliete Paraguassu subiu à tribuna e denunciou os impactos ambientais provocados pelo “grande empresariado” nas ilhas de Salvador, citando 21 poços de petróleo e falta de cuidado com os mangues. Ela convidou os colegas vereadores a visitarem a ilha para conhecer a realidade local.

Quero reafirmar aqui o compromisso do mandato popular das águas e convidar os vereadores que queiram ir, se juntar ao movimento de pescadores e marisqueiras, fazer essa visita nestas regiões. Assim, cada um vai ter noção do que é racismo ambiental, a consequência dele e o quanto as áreas de manguezais estão sendo suprimidas para dar lugar ao grande capital. Os empresários chegam à região e roubam a dignidade das pessoas”, afirmou.


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A vereadora finalizou afirmando que a Câmara abriga “capitães do mato”, termo usado para criticar quem sabota causas de justiça social e ambiental dentro do espaço político.

“É importante dizer que ainda existem os capitães do mato que cumprem um papel vergonhoso, humilhante, nesta cidade. A gente se depara, no século 21, com capitão do mato dentro, aqui, de um espaço em que não deveria estar. Fica aqui fazendo esse papel ridículo que existia há muito tempo”, concluiu a vereadora.

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