Durante discurso na tribuna da Câmara Municipal, Juliana fez um desabafo. Sem citar nomes, ela rebateu críticas e classificou o processo como uma tentativa de perseguição política motivada por gênero.

“Tenho certeza que essa perseguição vem de pessoas que nem na cidade moram e que só vêm para Santo Amaro para aproveitar dos benefícios que o poder dá. Só que quando não baixei a cabeça para esses tipos de pessoas, passei a ser perseguida”, disse.

Em outro momento do discurso, a vereadora afirma que nunca apoiou o atual gestor, Flaviano Bomfim, e que sempre declarou apoio ao PT, em Santo Amaro.

“Nesse dia 27, foi o dia em que eu parei e fiz uma reflexão. O porquê disso? E esse porquê, às vezes, eu ficava sem resposta. E a resposta eu obtive no dia 27. […] Ficou bem claro que o Solidariedade não cometeu fraude nenhuma, muito pelo contrário. As armações políticas que a gente vê, as manobras políticas, aconteceram aqui em Santo Amaro e sempre aconteceram…“, pontuou.

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Em suas redes sociais, a vereadora comemorou a decisão com uma foto exibindo o diploma e a legenda:
“Eu venci mais uma luta!”

Juliana tem se destacado por seu posicionamento firme em defesa da transparência, do combate à corrupção e do empoderamento feminino. Sua trajetória vem incomodando setores conservadores e estruturas políticas tradicionais da cidade.

“Eles tentaram me enterrar, mas esqueceram que eu sou semente que dará muitas vozes para nossas mulheres!”, declarou.

A vitória reforça o protagonismo de mulheres na política local e evidencia o enfrentamento às práticas autoritárias e retrógradas ainda presentes em alguns setores do interior da Bahia.

Apesar da vereadora não ter citado nominalmente o ex-prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado, todo o seu discurso foi deixado claro que as palavras proferidas na tribuna eram endereçadas a Machado e também a ex-secretária de agricultura do município, Ana Lícia.