
Aneel adota bandeira vermelha 1 em outubro

A Aneel definiu que em outubro vigorará a bandeira vermelha 1, o que implica cobrança extra nas contas de luz, apesar de representar queda em relação à vermelha 2 vigente em setembro.
A Agência Nacional de Energia Elétrica explica que o nível reduzido de chuvas gera menor aporte às hidrelétricas. Para manter o fornecimento, acionam-se usinas termelétricas, cuja geração custa mais caro.
Assim, a bandeira vermelha 1 entra em vigor para repassar esse custo ao consumidor.
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Em setembro, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 2, com valor extra maior — agora há uma leve redução no encargo extra para outubro.
Quanto vai custar essa bandeira?
A cobrança adicional sob bandeira vermelha 1 será de R$ 44,63 por MWh — isso equivale a R$ 4,46 por 100 kWh consumidos.
Nas bandeiras:
- Verde → sem custo extra
- Amarela → R$ 18,85 por MWh (ou R$ 1,88 por 100 kWh)
- Vermelha 1 → R$ 44,63 por MWh (ou R$ 4,46 por 100 kWh)
- Vermelha 2 → R$ 78,77 por MWh (ou R$ 7,87 por 100 kWh)
Reajustes previstos e impacto da CDE
A Aneel projeta um reajuste médio de 6,3% para tarifas em 2025 — superior à inflação estimada de 5,05% pelo mercado financeiro.
Esse aumento decorre, em parte, do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Para 2025, foi fixado em R$ 49,2 bilhões, R$ 8,6 bi acima da previsão anterior.
A CDE é um fundo que sustenta subsídios, encargos setoriais e repasses obrigatórios. Ela se alimenta de impostos, multas, aportes públicos e cobranças embutidas nas contas de luz.
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O que esperar para os consumidores
- A tarifa vai pesar ainda mais no bolso em 2025, devido à combinação de bandeira extra + reajuste.
- Consumidores residenciais e comerciais devem planejar uso de energia nos horários de pico e buscar eficiência.
- No futuro, se os níveis hídricos melhorarem, a bandeira pode regredir — mas depende das condições climáticas e hidrológicas.